Entrevista retirado do blog Panrotas
De moto pelo Espírito Santo
29 de agosto de 2014
Confissões de um jornalista
RENÊ CASTRO
Durante boa parte da minha infância, convivi com a paixão do meu pai por motos. Ele é um daqueles caras fanáticos por velocidade, que faz questão de criar asas onde quer que esteja. Lembro como se fosse hoje de uma moto roxa que ele tinha. Era uma tal de Vmax. Quando ele chegava na rua de casa, a molecada ia ao delírio com o ronco do motor. Hoje faço essa releitura aos amigos e todos vangloriam o modelo. Falam que é uma moto histórica. O que eu acho? Bom, confesso que nunca fui atrás de saber mais sobre esta fama.Em outra passagem, meados de 2006, finalmente completei 18 anos e corri para tirar a tão sonhada carteira de motorista. Categoria B, claro. Repeti duas vezes o exame de direção e mesmo assim nem cogitei a hipótese de aprender a dirigir uma moto também.
Insistente, o universo me prega mais uma peça. Estou em Vitória, no Espírito Santo, para participar da inauguração da rota dos Vales Capixabas, um percurso de 1,2 mil quilômetros de curvas sem fim que promete dez dias de viagem, sete deles pilotando uma moto de grande porte.
Ontem, antes de embarcar, meu pai me visitou. Na mala que me entregou tinha uma jaqueta de couro, dois pares de luvas e uma balaclava. Mesmo sem saber o que era uma balaclava naquele momento, vesti todos os adereços sem questionar, e ele me deu dicas preciosas de como me comportar como um “carona”. Analisou a programação, o roteiro e até buscou informações complementares sobre o projeto da Schultz Moto Xperience. Elogiou bastante a iniciativa. Quer saber de tudo em tempo real.
A verdade é que ele queria estar aqui também.
Na claustrofobia criada pelo mundo moderno, de prisões chamadas Whatsapp e redes sociais (que, na prática, geram isolamento), ele não pensa duas vezes em abdicar da tecnologia e vestir uma jaqueta de couro preta pesada, colocar um capacete cheio de estilo e sair por aí com sua moto. A queridinha da vez é uma Harley Davidson, mas não me pergunte qual é o modelo. Nunca se quer tirei uma selfie montado nela. O motivo eu não sei ao certo. Acho que sou claustrofóbico por opção.
O fato é que embarco nas próximas horas em uma viagem que nem imagino o que esperar. Neste exato momento, confesso que estou mais preocupado em ajudar o piloto nas curvas, não fazendo força contrária. Meu pai disse que não gosta de garupas que só se preocupam em não cair da moto.
Insistente, o universo me prega mais uma peça. Estou em Vitória, no Espírito Santo, para participar da inauguração da rota dos Vales Capixabas, um percurso de 1,2 mil quilômetros de curvas sem fim que promete dez dias de viagem, sete deles pilotando uma moto de grande porte.
Ontem, antes de embarcar, meu pai me visitou. Na mala que me entregou tinha uma jaqueta de couro, dois pares de luvas e uma balaclava. Mesmo sem saber o que era uma balaclava naquele momento, vesti todos os adereços sem questionar, e ele me deu dicas preciosas de como me comportar como um “carona”. Analisou a programação, o roteiro e até buscou informações complementares sobre o projeto da Schultz Moto Xperience. Elogiou bastante a iniciativa. Quer saber de tudo em tempo real.
A verdade é que ele queria estar aqui também.
Na claustrofobia criada pelo mundo moderno, de prisões chamadas Whatsapp e redes sociais (que, na prática, geram isolamento), ele não pensa duas vezes em abdicar da tecnologia e vestir uma jaqueta de couro preta pesada, colocar um capacete cheio de estilo e sair por aí com sua moto. A queridinha da vez é uma Harley Davidson, mas não me pergunte qual é o modelo. Nunca se quer tirei uma selfie montado nela. O motivo eu não sei ao certo. Acho que sou claustrofóbico por opção.
O fato é que embarco nas próximas horas em uma viagem que nem imagino o que esperar. Neste exato momento, confesso que estou mais preocupado em ajudar o piloto nas curvas, não fazendo força contrária. Meu pai disse que não gosta de garupas que só se preocupam em não cair da moto.
Viagem a convite da Schultz Moto Xperience, com assistência Vital Card
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